Propriedades rurais são fortes inspirações para poetas, escritores, pintores, compositores, fotógrafos e outros malucos que costumam descobrir belezas nas nuances no conjunto que engloba a terra, vegetação, animais e construções. Em produções de cinema e televisão, o panorama com lagos cercados por jardins e gramados oferecem um alívio às nossas vistas já cansadas de tantas cenas em locais de luxo onde acontecem namoros avançados, nudez e até cenas de sexo quase explícito. De fato, uma propriedade rural pode oferecer muitas belezas, dependendo de quem as tem e de quem as vê.
Infelizmente, os cenários de cinema e televisão não são os mesmos dos locais onde as pessoas usam a terra para tirar o sustento de suas famílias. Aqueles cenários são protegidos, não sei de que forma, enquanto os que precisam da terra para se sustentar não têm proteção nenhuma. Antes, ficam expostos a pressões e opressões que ninguém se importa em considerar. Há algo estranho ocorrendo ao nosso redor, onde alguns são obrigados a suportar sobre os ombros pesados fardos impostos pela legislação ambiental, enquanto a mesma regra estranhamente não é aplicada a outras pessoas.
Cresce assustadoramente o número de propriedades rurais que estão sob a mira das autoridades ambientais, como se fosse um praça de guerra. Qualquer olho d’água pode gerar a imposição de preservação e recomposição da mata numa faixa de cinqüenta metros no entorno da nascente, acrescido de mais trinta metros em cada lateral por toda a extensão da vertente. Algo teoricamente bonito e correto, se não fosse a palhaçada que ocorre na prática, onde alguns proprietários são condenados a este suplício ecológico a despeito de suas necessidades básicas, enquanto outros, que já são suficientemente ricos e abastados, podem usar suas propriedades para lazer e diversão sem necessidade de se submeter a estas regras.
Não quero fazer estardalhaço, mas há um motivo pelo qual me manifesto mais uma vez sobre o assunto: há nitidamente um jogo sujo (ou, talvez, seria corrupto?). Numa região a lei é levada a ferro e fogo como se fosse a última saída para a humanidade. Mas basta atravessar um rio e ver que na outra região a regra já não é tão assustadora. Será que a lei ganha conotações diferentes conforme a cara das pessoas a quem ela é direcionada? Será que as pessoas que se empenham tanto em pôr em prática as regras da legislação (e para isto ganham suficientemente muito mais que os que serão vítimas da lei) aplicam os mesmos rigores em suas propriedades? E as vítimas da “máfia verde” vão engordar as filas de dependentes de benefícios distribuídos pelas esferas governamentais...
Tempos atrás acompanhei a palestra ministrada por um engenheiro agrônomo (se me não é falha a memória) gaúcho, que veio a Ubiratã falar sobre a cultura da soja transgênica, que no Paraná era então barrada ferozmente pelas autoridades governamentais. Na ocasião o palestrante alertou aos presentes para uma certa “máfia verde” que se estava em formação, com objetivos muito obscuros. Parece ser mais verdade do que o que foi alertado. Pois estamos a ver crescer uma mentalidade quase doentia, onde o ambientalismo está mais em voga que a própria religião. Aliás, em alguns casos, a própria religião já usa muito mais as preocupações ambientais que as espirituais.Se a moda agora é plantar árvores, plantemo-las. No futuro, se faltar comida, ao menos teremos casca de pau e folhas para comer. Só não sei se os ambientalistas permitirão aos seres humanos então sobreviventes valerem-se das árvores que plantaram. Talvez, mesmo em tais situações seja impedido às pessoas o direito sobre suas posses. Afinal, nos tempos de agora tanta coisa ruim é permitida pelo nosso e pelos outros países, menos o homem ter direito de ser devidamente respeitado em seus direitos.
Comunismo branco, ditadura camuflada, dominação de forças ocultas, poder realmente questionável... Será que já estamos vivendo o tempo profetizado, de que sem a marca da Besta ninguém compraria nem venderia nada?(Odair Roberto)
terça-feira, 14 de outubro de 2008
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