terça-feira, 2 de setembro de 2008

“Ubiratã: História e Memória” é lançado em clima de saudosismo

A cerimônia de lançamento do livro “Ubiratã: História e Memória” foi marcada pela nostalgia. O evento que aconteceu na noite de sexta-feira, 22, no Centro Cultural, contou com a presença de pioneiros, autoridades municipais e comunidade ubiratanense que puderam voltar aos tempos em que Ubiratã começou a ser construída.
Entre um discurso e outro, peças fundamentais para o desenvolvimento do município contaram momentos que viveram. Um deles foi o pioneiro, Vilder Bordin, considerado a história viva do município que lamentou a ausência de Ênio Pipino e Nilza de Oliveira Pipino, pessoas que também contribuíram para a construção de Ubiratã.
Segundo Bordin, a vida na época da ocupação territorial de Ubiratã foi difícil e com falta de recursos, “mas a idéia brilhante”. “Já fizemos nossa parte, agora está nas mãos da juventude a continuação da história dessa terra querida e pujante”, enfatizou.
Ascânio Batista de Carvalho, conhecido mais como Ascânio Moreira de Carvalho viajou quase 2 mil quilômetros para participar do lançamento do livro. Ao discursar lembrou que as pessoas os viam como loucos. “Loucos porque sonhávamos com um Paraná rico. Mas conseguimos fazer, literalmente, a história de Ubiratã e de vários outros municípios. Cometemos erros durante o processo de ocupação das terras, mas com a vontade de acertar”, comentou.
Ubiratã surgiu de um projeto de colonização particular. Ascânio salienta que tem saudade dos comentários que os bandeirantes faziam sobre o desenvolvimento da cidade. “A cidade é um desafio de todos. Somos vencedores, pois nenhum problema foi maior do que o amor que sentíamos. Ubiratã tem sua história, com estrutura de beleza e principalmente como centro de produção agrícola”, diz saudosista.
A chefe da divisão da cultura e uma das autoras de “Ubiratã: História e Memória”, Selene Cotrim de Carvalho, aproveitou a oportunidade para agradecer todas as pessoas que auxiliaram no processo de construção do livro. Para ela, Ubiratã não seria nada se não fossem os pioneiros. “Nossos colonizadores enfrentaram no peito os desafios. Coragem e determinação foram o que mais tiveram. Um dia vamos embora, mas a história está no livro e não se perderá mais”, completa.

Memória preservada
Quem também participou do evento foi Antonio de Jesus, que já respondeu por promotor de justiça em Ubiratã. Ele comenta que por onde passou, nenhuma cidade marcou como Ubiratã. “Encontrei uma grande família representada pelos moradores dessa cidade”, disse acrescentando que ainda mantém contato com ubiratanenses.
Hoje, como membro da Academia Cascavelense de Letras, Jesus destacou a importância de resgatar a memória da cidade. “Chegamos, fizemos história e deixamos marcas que precisam ser registradas e o livro tem essa função, a de eternizar os fatos”, aponta.
A responsável pela secretaria da Educação e Cultura, Jane Cristina de Lima, ressaltou que todas as escolas ajudaram na elaboração do livro. “Muito do que está nas páginas é resultado de um resgate histórico que realizamos desde 2005. Não imaginava que os dados que usamos nos desfiles pudessem auxiliar nesse maravilhoso livro”.
Jane acrescenta que “a obra é fantástica e contada com riqueza de detalhes. Quem ler tem a oportunidade de se inserir no contexto”.O vereador Marcos Retamiro parabenizou a prefeitura pelo lançamento do livro e considera que o material irá contribuir para o crescimento da população. “Através do livro nossos filhos terão a oportunidade de conhecer mais sobre Ubiratã. Com certeza esse é um trabalho que engrandece a cultura e a memória de nossa cidade”, argumenta. (FOTO: CÁSSIO CENIZ)

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