segunda-feira, 1 de junho de 2009

Os mitos do eucalipto


A atividade de silvicultura pouco a pouco ganha espaço na região do Vale do Piquiri, tornando-se uma opção de diversificação da propriedade rural altamente rentável. Entretanto, ainda existem argumentações contrárias ao cultivo de eucalipto que foram sendo difundidas ao longo do tempo, mas que não encontram respaldo técnico nem científico. Pelo contrário, são muitas as pesquisas que validam o cultivo de eucalipto.
Os mitos que cercam a silvicultura são os seguintes: Uns dizem que o eucalipto seca o solo pela alta quantidade de água que suas raízes absorvem, ou então que ele empobrece o solo, pois consome altas quantidades de nutrientes e outros dizem ainda que o eucalipto como planta exótica pode formar “desertos verdes”, prejudicando o desenvolvimento de outras culturas e afetando negativamente a fauna e flora da região.
Agora vejamos o que dizem pesquisas e órgãos competentes como Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal do Paraná, Unicamp e Instituto de Pesquisas Florestais:
-O consumo de água da cultura de eucalipto é menor que na maioria das espécies como soja, café e trigo, plantas também exóticas, ou seja, originárias de outros países. Seu cultivo não tem a capacidade de secar os mananciais, pois a água que o eucalipto utiliza é proveniente da camada superficial do solo, uma vez que suas raízes não ultrapassam 2,5 metros de profundidade e portanto não chegam aos lençóis freáticos. O consumo de água pelo eucalipto é igual ao consumo de qualquer outra floresta nativa. Só para se ter uma ideia, para se produzir um quilo de madeira são consumidos 350 litros de água e para se produzir um quilo de grãos de soja são exigidos 2000 litros de água. Lembrando que nesse cálculo conta-se todos os processos vegetativos e reprodutivos que a planta passa.
-Com relação ao empobrecimento do solo vale frisar que quase tudo o que o eucalipto retira da terra, ele devolve após a colheita, pois cascas, folhas e galhos possuem 70% dos nutrientes e permanecem no local sendo gradativamente incorporados ao solo como matéria orgânica.
Sabe-se que atualmente é preciso cultivar no Paraná no mínimo 57 mil hectares a mais do que vem sendo realizado, isso para atingir o equilíbrio entre oferta e demanda a partir de 2021. Isso mostra a importância dessa atividade para todo estado e principalmente para nossa região que tem mercado garantido, pois utiliza grandemente a madeira em serrarias, como energia renovável na secagem de grãos, na construção civil, mourões para cerca e agora também na avicultura de corte.A Coagru está realizando as reservas de mudas no Setor de Insumos de todas suas unidades. Maiores esclarecimentos com engenheira agrônoma Rozileide Morguete Asman, na Coagru-Yolanda. (FOTO: EDCARLOS PEREIRA)

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