segunda-feira, 1 de junho de 2009

Vazio Sanitário da soja começa em junho


Pelo segundo ano consecutivo a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) cumprirá a Resolução 120/2007, que institui o Vazio Sanitário com duração de 15 de junho a 15 de setembro. A medida visa a conter a proliferação da Ferrugem Asiática, doença que causou prejuízos à sojicultura brasileira na ordem de R$ 3,8 bilhões na safra 2005/06.
Segundo a engenheira agrônoma Losani Perotti, do Departamento de Fiscalização – Defis – da unidade da Seab de Goioerê, as medidas de prevenção são fundamentais para que os agricultores não tenham prejuízos e ainda reduzam a incidência de doenças na soja plantada na região.
Mas para que a medida tenha efeito, a agrônoma explica que é preciso que todos os agricultores façam a sua parte. “O Vazio Sanitário é o período em que é proibido cultivar soja ou deixar germinar plantas voluntariamente”, explica. Feito isso, será interrompido o ciclo de desenvolvimento do fungo causador da doença diminuindo desta forma os custos com tratamento de lavoura nas safras seguintes. “É aí que entra a importância do vazio sanitário”, destaca Losani, ressaltando que durante esse período de 90 dias o fungo não encontrará a soja para se hospedar.
Estima-se que na região da Comcam existam em torno de 8000 hectares de soja safrinha sendo cultivadas. Aquelas lavouras que não completarem o ciclo até 15 de junho deverão ser manejadas, ou seja, a partir desta data não devem existir plantas vivas de soja, caso contrário seus proprietários serão autuados.
Há uma preocupação ainda com a falta de cuidados no transporte e no manuseio da soja. Os grãos que caem durante estas operações germinam em pátios, margens de carreadores, estradas, rodovias, ferrovias. Estas plantas voluntárias constituem focos de desenvolvimento do fungo da ferrugem asiática.A agrônoma destaca ainda que o Defis está amparado pela legislação para fiscalizar o cumprimento das medidas estabelecidas para o Vazio Sanitário e que no caso de descumprimento os responsáveis serão penalizados com medidas que incluem desde advertência e multa até vedação ao crédito rural. (FOTO: ILUSTRAÇÃO / SECS)

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