A colheita do milho da segunda safra já está caminhando para a reta final na região de Ubiratã. A produtividade neste ano está atingindo bons números, mesmo com a incidência das geadas.De acordo com o engenheiro agrônomo José Carlos Braciforte, as lavouras que foram plantadas mais cedo e que não sofreram com as geadas produziram de duzentas a duzentas e cinqüenta sacas por alqueire. “Em alguns casos a produção chegou a 300 sacas por alqueire”, comentou o agrônomo.
As lavouras que foram semeadas mais tarde e que foram atingidas pelas geadas tiveram conseqüências negativas, tanto na produtividade quanto na qualidade. Mas Braciforte aposta que no balanço final a safra alcance uma média regular. “Não vai ser aquela safra ótima que tinha toda a previsão de ser, mas vai ser um pouco superior à média do ano passado, cuja média foi de 130 sacas por alqueire, também devido à geada”, comenta Braciforte. Ele afirma que a estimativa levantada em conversas com os demais agrônomos da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Vale do Piquiri (AEAVP) é de que a média seja acima de 150 sacas por alqueire.
Quanto ao preço, a situação esteve melhor para os produtores no decorrer do mês de julho, mas no mês de agosto houve queda. Mesmo assim os preços praticados na atualidade estão superiores aos praticados no ano passado. O engenheiro agrônomo chama a atenção para o fato de que os custos de produção subiram bastante, o que vai implicar nos próximos plantios.Já para a safra de verão o milho não é cultura muito tradicional, segundo Braciforte. Basicamente o produtor prefere plantar soja como cultura de verão para semear o milho na entressafra. Com base nos preços praticados atualmente para os adubos, principalmente os nitrogenados, o produtor precisaria produtividade bastante elevada na lavoura de milho para alcançar rentabilidade maior que na soja. Braciforte atenta para o fato de que, agronomicamente, seria interessante o produtor plantar também o milho de verão, para realizar a rotação de cultura. Mas no município de Ubiratã a área é bastante reduzida. “Infelizmente”, diz Braciforte. Por sua vez os municípios de Nova Cantu e Campina da Lagoa costumam utilizar mais o plantio do milho de verão. (FOTO: ODAIR ROBERTO / O VALE)
terça-feira, 19 de agosto de 2008
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