Menino de doze anos escreve trilogia

Lucas da Silva Favero foi convidado para fazer uma pequena participação no filme “Tenente Marcondes”, trabalho que foi produzido pela Companhia Ubiratanense Independente de Cinema Amador, Cuíca. Empolgado com a participação, resolveu aplicar mais conteúdo a um trabalho escolar que realizou em companhia de Danilo Henrique da Silva, um amigo de sala de aula. E assim produziu um texto com a finalidade de ser futuramente levado às telas. Mas sua empolgação não parou por aí e aproveitou o tempo disponível para criar novas estórias.
Tendo sido convidado a integrar o elenco do filme “Menino de Rua” juntamente com o irmão Rafael, de oito anos de idade, Lucas se motivou a prosseguir na produção de textos. Assim conseguiu finalizar seu segundo roteiro, que por hora tem nome provisório. Mas a idéia foi mais além e em poucos dias conseguir escrever outro roteiro, desta feita uma seqüência do anterior. A sua idéia agora é escrever mais um roteiro, fazendo assim uma trilogia com os dois roteiros que escreveu. Além disto, concluiu nesta semana um novo roteiro, fora da trilogia.
Três roteiros já se encontram com a direção da Cuíca, que acompanhará o autor a amadurecer o conteúdo para que possam ser filmados, uma vez que pelo fato do autor ser iniciante, as estórias precisam de pequenas dilapidadas. A direção da Cuíca informa, porém, que os pequenos reparos que vão ser propostos para os roteiros não tirarão a originalidade, mas funcionarão como enriquecimento dos conteúdos. Há possibilidade do primeiro roteiro da trilogia ser encaminhado para produção logo após a conclusão do filme “Menino de Rua”, que está caminhando para a reta final das filmagens.
As estórias que Lucas escreve tem como foco a vida de meninos em idade escolar, onde são abordados conflitos e amizades, problemas familiares, sonhos que os personagens alimentam para o futuro e aspectos sociais. Ele embasa suas criações na convivência escolar e nas características geográficas da cidade de Ubiratã, com forte apelo para questões sociais. No primeiro roteiro, por exemplo, o autor-mirim se vale de um problema contemporâneo, que é a dengue. Na trilogia, por sua vez, trabalha com personagens de história sofrida, onde fica bem exposto o quanto é importante o apoio para ajudar pessoas que se encontram em situações complicadas. Erros de épocas passadas passam a ser lições de vida em determinados personagensLucas completa treze anos no dia 27 de dezembro próximo. Estuda na sétima série do Colégio Estadual Carlos Gomes, período matutino. Gosta de praticar futsal e de matérias como Matemática e Português. Tem como hobby fazer caminhada e pela sua idade está com nível elevado no conhecimento de informática, segundo seus professores. Lucas se inspirou nos trabalhos da Cuíca para colocar no papel as idéias que surgiam, assim produzindo os roteiros já concluídos. Com o que escreveu, espera passar ao público um pouco da realidade da vida em si dentro de uma linguagem cinematográfica. E também mostrar que não há necessidade de ser adulto para produzir bons trabalhos artísticos. (FOTO: ODAIR ROBERTO / O VALE)