segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Estiagem resulta em grande número de pedidos de seguro

A falta de chuva no período de crescimento e floração da soja vai deixar um rastro de prejuízo muito grande em diversos municípios brasileiros. Ubiratã é um deles e os profissionais da área técnicas já estão mostrando previsões do tamanho do rombo que será na economia local. Na outra ponta da história está o agricultor que foi vitimado pela estiagem, que agora precisa recorrer ao seguro agrícola, o Proagro, um caminho não sem seus espinhos próprios. De olho na urgência do tempo, o técnico em Agropecuária Edemar Fontin, do escritório local da Emater, orienta aos produtores que se agilizem tanto para requererem o seguro para as lavouras que ainda não foram encaminhadas. “Boa parte do pessoal que plantou soja precoce já encaminhou pedido do Proagro, mas mesmo assim tem muita gente vindo á Emater para pedir informações sobre os procedimentos”, contou Fontin. Segundo ele, para requerer o seguro agrícola basta apresentar notas de insumos e iniciar o processo na agência do Banco do Brasil. O próximo passo acontece com a visita do perito, um engenheiro agrônomo que vai vistoriar a plantação e efetuar o laudo, sendo que a colheita só pode acontecer com a liberação do perito. “A colheita que o produtor fizer tem de ser comprovada ao perito para dar andamento no processo”, explica Fontin. O resultado desta colheita então é usado para amortizar o que der do financiamento e o Proagro cobre o restante. Os produtores que utilizarem o Proagro ainda terão um retorno financeiro da parte do governo Federal no valor de até dois mil e quinhentos reais, com liberação ainda não estipulada. “Quem não solicita o Proagro evidentemente não tem esse reembolso”, garantiu o técnico.
O técnico alerta a quem plantou soja precoce para que fique atento e não deixe para a última hora, visto que muitos já estão com o plantio em fase de maturação e ainda está com pendência no encaminhamento o pedido. “O município tem bastante solicitação de Proagro”, garante Edemar, o que poderá acarretar em atraso para quem deixar para a última hora.
Na visão de Fontin, quase cem por cento das lavouras precoces são passíveis de Proagro, tanto as estão sendo colhidas como outras que estão em fase de maturação. As estimativas são de que possa haver redução de até 50% na produção de soja em determinadas lavouras, enquanto outras registram percentual um pouco menor. Traduzindo em números há a possibilidade de que o município de Ubiratã colha um milhão de sacas de soja a menos que o normal, o que significaria que entre 45 milhões a 50 milhões de reais deixarão de entrar na economia do município, apenas com o prejuízo nas lavouras de soja, o que pode ser amenizado se os preços do produto atingirem elevações esperadas pelo setor.Outro detalhe é que muitos produtores vão apostar no milho de safrinha como meio de tentar recuperar os prejuízos deixados pela falta de chuvas. Mas o alerta do técnico é para o encaminhamento de pedidos de financiamento, uma vez que o prazo para o plantio de lavouras de milho financiadas encerra-se no dia 28 deste mês. (Redação e foto: Odair Roberto / O Vale)

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