quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Sindicato Patronal alerta aos agricultores sobre reserva legal

O Código Florestal ainda é questão de muita polêmica no setor da agropecuária. O boletim da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), divulgado na última semana, ressalta que a implementação do Código Florestal, intensificada nos últimos meses,vai tirar da agropecuária paranaense 4,8 milhões de hectares.
O professor do Departamento de Economia Rural da Universidade Federal do Paraná (UFPR) João Batista Padilha Júnior, pronuncia que só a reserva legal, porção de 20% da área do imóvel rural em que é obrigatória a recomposição da vegetação nativa, fará o estado perder 3,2 milhões de hectares. Assim a Lei tirará dos produtores rurais 20% da sua terra agricultável.
Se bem calculado, um produtor de apenas cinco alqueires tirar os 20% para a recomposição da vegetação nativa perderá um alqueire. Observa-se que um alqueire no município de Ubiratã valeria cerca de R$ 80 mil reais. Isso implicaria em luta para recuperar tal perda produtiva, o que levaria de 4 a 5 anos. Isso vale para as propriedades maiores, pois é proporcional ao tamanho da área. Então aí vem a questão: para quê serve a reserva legal?
Segundo estudiosos a reserva legal serve para a biodiversidade, reformar as árvores, seqüestrar o carbono, tomar o ar puro, etc. Mas será que só os agricultores é que têm que pagar o “pato” sozinhos? Será que outros seguimentos econômicos da sociedade também não poluem? Que tal tirar 20% do capital banqueiro, das indústrias e das grandes redes de comércio para fazer reserva?Atenção, produtores rurais! Será que não estão querendo fazer uma grande injustiça contra o vosso patrimônio? (FOTO: FAEP / ILUSTRAÇÃO)

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