"O que diferencia uma pessoa de outra é o seu imaginário, a interpretação que dá aos fatos da vida." Tizuka Yamasaki
Surpreendo-me e me encanto com a autoridade do semáforo. Lá, sozinho, permanece silencioso, mas com seus olhos acesos e coloridos organiza o trânsito das ruas. Bonito de ver! O semáforo de Ubiratã é um emblema, como é emblemático o lugar onde foi instalado. O Marco Zero do projeto de colonização de nossa aldeia. O cruzamento das importantes avenidas Nilza e Yolanda. Ambos, Marco Zero e semáforo, representam o desenvolvimento de Ubiratã. Eu pelo menos interpreto assim!
O ex-prefeito Claudino, lá pelos meados dos anos 70, já antevia o grande progresso de nosso município. Aliás, foi ele quem começou a chamar Ubiratã de Cidade Esperança. Deu também sua importante e notável contribuição para isso. Até hoje permanece nos servindo o prédio de seu Hospital das Clínicas. Mais, o dr. Claudino demonstrou a sua visão de futuro quando, no seu governo municipal, mandou instalar um semáforo justamente onde está o de hoje.
Já naquele tempo o cruzamento do Marco Zero era de muito trânsito e, por isso, perigoso. Atravessá-lo, de veículo, principalmente a pé, era uma aventura. Eu não tenho dúvida que a instalação do sinaleiro, tanto ontem, quanto hoje, veio diminuir a possibilidade de acidente na região e gerar paz no trânsito. Além de controlar a passagem, regula a velocidade. Tem motorista que parece "sentir" que a avenida Nilza já foi pista de pouso de aeronave, daí nela imprimir corrida incompatível em seu veículo. Voa baixo, um perigo! Agora até mesmo os pedestres, principalmente as crianças e idosos, caminham e atravessam as avenidas do Marco Zero com tranqüilidade. Sem sobressalto e maior risco de serem atropelados.
Volto ao emblema. Já sabemos que o cruzamento das avenidas homenageiam duas damas ilustres da vida ubiratanense. Nilza Pipino, saudosa esposa do falecido Ênio, e Yolanda Carvalho, falecida esposa do saudoso João Pedro. As avenidas nasceram da cruz feita há 54 anos pelo então jovem topógrafo Vilder Bordim no mapa das madeiras duras. Era o início do projeto de colonização de Ubiratã. O semáforo é um emblema de desenvolvimento, abrindo margem para um re-estudo do sistema viário da cidade. É o caso da re-urbanização da avenida Botelho de Souza e ruas circunvizinhas, hoje. Amanhã, das avenidas Valdir de Oliveira e Prefeito Raimundo Soares do Nascimento. Artérias importantes que circundam nossa cidade. Também do complexo encontro da avenida Brasil, rua Brasília e praça Horácio com a avenida Nilza, ali na esquina do Banco do Brasil. Os muitos veículos estacionados, as entradas e saídas do Posto Texaco embaralham a vida do motorista. E o pedestre que fica solto no meio do caminho, sem nem mesmo uma trincheira para se defender? É fazer o Sinal da Cruz e arriscar-se na travessia da calçada da Prefeitura até a calçada do Banco do Brasil. Deus meu, graças, cheguei vivo e são! Vale falar que a grande maioria dos motorista é respeitosa.
Serve o semáforo também como emblema para nos orientar o que fazer com o futuro de nosso município. São suas luzes o sinal. Tem a luz verde para nos permitir trânsito livre em projetos vanguardeiros e que consolidem o progresso que agora experimentamos. Nunca tivemos momento igual. Há, contudo, decisões e ações que merecem melhor reflexão. Podem ser arriscadas e, por isso, prejudiciais. A cor amarela ali está nos advertindo: Cuidado!
Finalmente, o vermelho. A advertência é clara e peremptória: Não avance, sob pena de sinistro!
Pois é, encerro dando uma de filósofo de botequim. O semáforo serve para melhor orientar o trânsito de Ubiratã e as decisões de nossa vida comunitária. É ingênua interpretação? Pode até ser, mas é a imaginação diferente que nos faz ubiratanenses heterogêneos e que, por isso, nos completamos e estabelecemos nossa união. E a união é o sinal maior do nosso progresso. (VALDIR D'ALÉCIO)
terça-feira, 9 de setembro de 2008
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