terça-feira, 8 de abril de 2008

Em passeata estudantes pedem solução para assassinato

Centenas de estudantes de três estabelecimentos da cidade de Campina da Lagoa participaram de uma passeata na manhã de quarta-feira. O percurso inicialmente previsto não pode ser completado devido a uma garoa que caiu na cidade no momento da passeata. O ato reuniu alunos, professores e funcionários dos colégios Campina da Lagoa e Santos Dumont e da Escola Roberto Brzezinski.
O cortejo saiu do Colégio Estadual Campina da Lagoa, situado nas proximidades da Estação Rodoviária, e passou pelo centro da cidade. O destino era a Delegacia de Polícia Civil, mas devido à chuva fina a manifestação fez contorno uma quadra após a Praça João XXIII e no retorno passou pelo Fórum da Comarca, onde houve uma parada. Após a leitura de um manifesto, em frente ao Fórum, os manifestantes seguiram de volta ao Colégio Campina da Lagoa, para dali retornar aos seus respectivos estabelecimentos.
De acordo com cálculos feitos por pessoas que participaram do ato, a manifestação pode ter tido a presença de aproximadamente 1500 alunos.
A passeata seria silenciosa, com os manifestantes portando faixas e cartazes pedindo justiça para um caso de assassinato registrado na semana passada, envolvendo uma ex-funcionária do colégio Campina da Lagoa. Mas os manifestantes, que também portavam tiras de pano preto em sinal de luto, passaram a clamar por justiça para o caso. Aos gritos de “Queremos Justiça! Queremos Justiça” os alunos e demais manifestantes demonstração a indignação para com o caso, uma vez que a vítima era pessoa muito benquista tanto no colégio onde trabalhou quanto na comunidade campinalagoana.
Manifestações espontâneas de diversas pessoas apontam que a ex-funcionária do colégio Campina da Lagoa não merecia de forma alguma o trágico fim que teve.
De certa forma o manifesto dos alunos, professores e funcionários dos estabelecimentos de ensino refletem a opinião da população, que está revoltada com o acontecimento e clama por justiça para o caso.

O assassinato
Idalina Páscoa Franco de Oliveira havia completado 57 anos no dia 25 de março e foi encontrada morta quatro dias depois, em sua residência. O fato foi alarmado pelo próprio ex-marido, que alegou ter chegado à casa de Idalina por volta das 7:30 e encontrada o corpo já sem vida. Ele teria dito à polícia que Idalina recebeu visita de uma pessoa no dia anterior, propondo a compra de um veículo dela.
Idalina havia trabalhado no colégio Campina da Lagoa e foi encontrada morta em sua residência, numa chácara próxima ao entreposto da Coagru. Os ferimentos no corpo apontavam que ela pode ter sido vítima de espancamento. A polícia investiga o caso, que está sob a responsabilidade da 50ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Ubiratã.
Entre os manifestantes houve quem admitisse que o principal suspeito da morte de Idalina é o próprio ex-esposo, com quem ela teve relacionamento conturbado e com freqüentes ameaças por parte do marido. As próprias filhas de Idalina, que precediam a passeata portando uma placa com o nome e uma foto da mãe, admitiram o ambiente intempestivo entre os pais.
No final da tarde de quinta-feira o suspeito de autoria do crime foi preso.
(FOTO: ODAIR ROBERTO / O VALE)

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