terça-feira, 24 de junho de 2008

Aumentou gravidez entre adolescentes ubiratanenses

Adolescência, puberdade, mudanças físicas e biológicas. Todo o processo de desenvolvimento do ser humano deu início a mais uma palestra realizada pela secretaria de Saúde. A enfermeira e chefe da divisão da Saúde, Cristiane Pantaleão, foi convidada por um grupo de alunas do 2º ano do ensino médio do Colégio Estadual Carlos Gomes para abordar questões das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e gravidez na adolescência. A palestra aconteceu na terça-feira, no auditório Carlos Gomes e reuniu todos os alunos do ensino médio.
Cristiane comentou que o número de pessoas que apresentam as DSTs é muito grande e o motivo do contágio é o não uso do preservativo. “Toda semana nas unidades de saúde diagnosticamos casos de doenças sexualmente transmissíveis. O único método que previne e apresenta eficácia contra elas é camisinha”, atenta.
Para a enfermeira, o importante é que ao ter dúvidas tanto meninos, quanto moças podem procurar as unidades de saúde espalhadas em Ubiratã. “Temos em funcionamento diversos postos de saúde, no qual, médicos e enfermeiros podem auxiliar no que for preciso”, afirma.
Gravidez - Uma das maiores preocupações da secretaria de Saúde tem sido com o aumento de meninas adolescentes grávidas. No ano de 2003 a secretaria de Saúde de Ubiratã teve 229 gestantes. Do total, 17 foram de meninas com a faixa etária de 15 a 19 anos.
A enfermeira Cristiane aponta que esse número cresceu consideravelmente. Durante todo o ano de 2007 foram registradas 227 gravidez. No entanto, 74 foram de adolescentes. Duas delas tinham entre 10 e 14 anos e a outra maioria 15 e 19 anos.
Neste ano, das 99 já contabilizadas até o momento, 30 são de meninas com até 19 anos, o caso mais preocupante foi de uma com 11 anos que já ganhou a criança.
Calculando a porcentagem dos casos, a secretaria aponta que 32% das gestantes no município estão entre os 15 e 19 anos. Em contraponto, paises desenvolvidos computam que no máximo 10% dessa população está ou já ficou grávida.
Cristiane explica que são consideradas adolescentes, todas as pessoas com idade entre 10 e 20 anos e nessa fase o corpo ainda está em desenvolvimento. Portanto, algumas conseqüências podem surgir como morte da grávida ou da criança, prematuridade ou ainda baixo peso no recém nascido.O secretário de Saúde, Edmund Behrend, salienta que a secretaria promove diversas palestras informativas e de conscientização tanto em escolas, como em projetos e outras entidades. “A nossa intenção é manter as pessoas sempre informadas sobre assuntos relacionados à saúde, tirar dúvidas e ainda ressaltar o trabalho que realizamos nas unidades de saúde”, diz. (FOTO: CÁSSIO CENIZ)

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