terça-feira, 7 de abril de 2009

Agricultor adota avicultura como projeto na terceira idade

Aos setenta anos de vida o agricultor campinalagoano Valmor Scarabelot está visualizando um novo tempo. Entusiasmado e cheio de expectativas, adotou a avicultura de corte como projeto para a sua vida e está otimista quanto aos resultados que poderá colher do empreendimento. Morador de Campina da Lagoa desde 1981, por alguns anos investiu em uma propriedade no estado do Tocantins, mas devido a alguns fatores retornou para a propriedade localizada na comunidade Garrincha.
Valmor se interessou pela avicultura de corte e construiu um aviário de 150 metros de comprimento por 15 de largura, todo em material pré-moldado, com cobertura em folhas de amianto. Alojou a primeira remessa de pintinhos há pouco mais de duas semanas, mas o segundo aviário já está bastante adiantado e entra em funcionamento em muito breve, sendo do mesmo tamanho do primeiro. Cada unidade poderá alojar cerca de 32 mil aves.
Otimista com o trabalho e esperançoso quanto às perspectivas, Valmor conta que a idade de 70 anos não lhe é impedimento para trabalhar. Bem pelo contrário, troca a vida urbana pelo trabalho na propriedade e se sente muito bem. “Estou com setenta anos, mas estou com esperança de fazer mais alguma coisa. E a gente vai lutar pra isto”, comenta ele, referindo-se aos resultados esperados com os dois aviários da propriedade.
Nos trabalhos com a terra iniciou com madeira e desde 1968 trabalha como produtor de soja. Ele atenta para as dificuldades enfrentadas na agricultura convencional. “A agricultura sempre é muito penalizada, sofrida, por um motivo ou outro. Quando não é o preço é a Bolsa, o governo, a estiagem”, lembra. Mas com os aviários a projeção é diferente: a sua atividade está fechada dentro de um galpão e tem o controle em mãos.
No dia-a-dia, encara a administração dos aviários sozinho e não se habitua a ficar pela cidade, como outros da sua idade. Em vez disto, está sempre presente nos aviários, que formam um panorama diferenciado em meio às lavouras de milho, na atualidade. Muito espirituoso, o avicultor até brinca ao falar de sua nova fase como trabalhador do campo. “Disseram que esses galpões têm garantia de 50 anos; quando vencer a garantia então vou parar”, diverte-se o avicultor. Para ele, a parceria com a BFC é fundamental e a convivência com a equipe é algo que se destaca. “A gente tem uma paixão muito grande pela Coagru”, garante o avicultor, que entrou no projeto de avicultura principalmente por causa da construção do abatedouro que está sendo edificado BFC Alimento S/A. “É um investimento muito louvável”, diz Valmor, entendendo que esta parceria entre Coagru, Big Frango e os avicultores vai longe.
O engenheiro agrônomo Tancredo Goulart é o responsável pelos procedimentos para a instalação dos aviários e acompanhou os trabalhos na propriedade do integrado Valmor Sacarabelot desde a primeira estaca fincada para a construção dos aviários, o mesmo que acontece com outros projetos. Para ele, seu trabalho é mais que a função de funcionário da empresa, pois o relacionamento com os avicultores passa a ser de interesse comum no projeto. (FOTO: ODAIR ROBERTO / O VALE)

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