terça-feira, 14 de abril de 2009

Prefeitos da região estão cautelosos

A queda no repasse do Fundo de Participação dos Municipios (FPM) está levando prefeitos a agirem com cautela. Em algumas localidades já se fala em corte de despesas e redução de gastos no atendimento à população, preservando os serviços essenciais.
É o caso do prefeito Cláudio Gotardo, de Boa Esperança. “O que parecia uma marola virou uma coisa realmente preocupante”, comentou. Ele diz que a dificuldade é estrema em municípios pequenos, cuja principal fonte é o repasse do FPM, uma vez que a queda de arrecadação foi superior a 10%, o que causa grande impacto nas contas das administrações. “Isso praticamente inviabiliza a administração pública em pequenas cidades”, comentou Gotardo. Seu município, com cinco mil habitantes, teve redução de mais de oitenta e oito mil reais nas duas primeiras parcelas do ano. A razão para tal queda está na redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Renda, com o objetivo de manter a economia aquecida.
Gotardo aponta para a necessidade dos prefeitos terem criatividade para administrar os recursos, reduzindo investimentos de forma acertada, para preservar o quadro de servidores e evitar que a população sofra com os efeitos maléficos da situação.
Já o prefeito Antonio Piazzalunga, de Iretama, avalia o presidente da República tomou procedimento em reduzir impostos, mas quem está pagando são os pequenos municípios. Segundo ele, cerca de 70 % das 399 cidades paranaenses sobrevivem do FPM. “É muito preocupantes”, garantiu Piazzalunga, assegurando que os serviços essenciais, entre os quais o atendimento na área de Saúde, vão continuar recebendo a mesma atenção. Sua expectativa é de que crise seja passageira e em poucos meses a situação volte ao normal. Por outro lado, o município de Iretama investe pesado nas áreas de Saúde e Educação e o prefeito Piazzalunga garante que este esforço não vai parar.Já o prefeito de Roncador acredita que os administradores vencerão os desafios impostos pela redução do FPM, resultante da crise internacional. Agnaldo Chichetti entende que há necessidade dos prefeitos serem solidários entre si diante da situação. Ele participou de ações em busca de saída para o momento. Garantiu que os serviços essenciais não serão prejudicados, mas há o esforço para o repasse seja pelo menos o que foi no ano passado. (FOTOS: ODAIR ROBERTO / O VALE)

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