Percorrendo todas as escolas e as principais avenidas da cidade a equipe da secretaria da Saúde de Ubiratã realizou na quarta-feira, 26, o Dia D de mobilização contra o mosquito aedes aegypti. Os agentes comunitários da saúde e agentes da dengue saíram às ruas reforçando os perigos da dengue e orientando a população.Em cima de um caminhão equipado com som e enfeitado com garrafas, sacos plásticos e pneus velhos, os agentes alertaram sobre a necessidade de eliminar os locais com água parada. Ainda aproveitaram para caracterizar pessoas como o mosquito transmissor da doença e para mostrar como fica uma pessoa com sintomas da dengue hemorrágica.
A ação foi desenvolvida durante todo o dia e o objetivo conforme diz a chefe da divisão da Saúde, Cristiane Pantaleão, é mostrar que o mosquito ainda existe e pode colocar em risco a vida de todos. “Nessa época do ano as condições para que o Aedes aegypti se multiplique é ainda maior, por isso precisamos aumentar o cuidado de nossos quintais”, explica.
Ao parar nas escolas, alunos, professores e funcionários escutavam as orientações, apresentavam cartazes de conscientização e manifestavam apoio para combater o mosquito. Nas paradas os agentes estimularam a comunidade escolar e a população ubiratanense se atentarem para o problema. “Precisamos que vocês cuidem da casa de vocês e conscientizem os vizinhos, afinal os mosquitos podem ir para a sua casa e picar tanto você, como qualquer um de sua família”, disse Hosana Costa Santos.
Apontando o cenário encontrado em Ubiratã, os agentes destacaram que brinquedos deixados no tempo e potes de água dos animais, por exemplo, estão sendo pontos de depósito de ovos da dengue.
O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, comenta que apesar da melhora dos índices de infestação no Brasil a dengue exige alerta constante e ações contínuas. “A população deve ser o principal contribuinte tomando os devidos cuidados e evitando deixar água acumulada”.
Estatísticas
De janeiro a setembro, o Ministério da Saúde notificou 481.316 casos de dengue clássica, confirmou 1.076 ocorrências de febre hemorrágica e registrou 121 mortes. Em todo o ano passado, foram 345.922 casos notificados de dengue clássica, 682 confirmações de dengue hemorrágica e 76 mortes.
Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Pernambuco são os estados que concentram o maior número de casos de dengue clássica. Mais da metade das mortes, cerca de 60% das ocorrências, foram registradas no Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Maranhão e Mato Grosso do Sul. Este mês o Ministério da Saúde ainda apresentou a avaliação nacional com informações sobre a infestação por larvas do Aedes aegypti. O levantamento mostra que houve melhora dos dados deste ano. Em 2008, dos 2.324 estratos avaliados (áreas de 9 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes) 1.344 apresentaram índice de infestação abaixo de 1%, considerada uma faixa satisfatória de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). (FOTO: CÁSSIO CENIZ)
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