quarta-feira, 20 de maio de 2009

Festa e Barriga cheia

"O que mais precisam? Tendo isso, eles não querem mais nada.
Não têm perspectivas, não têm objetivos grandiosos. Querem só comer e se divertir." Christian Gurtner


A história política de Roma se estende de 752 a.C. até 476 d.C. A sociedade era formada por patrícios (nobres proprietários de terras) e plebeus(comerciantes, artesãos e pequenos proprietários). A cidade era governada por um rei de origem patrícia. A economia era baseada na agropecuária. Após dominar toda a península ibérica, os romanos foram conquistar outros territórios. Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma mudaram. A economia passou a ser muito mais comercial do que agrária. Os povos conquistados tinham que pagar altos impostos ou eram escravizados. O Império ficou mais rico. Com o crescimento, vieram também problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural. Essa massa de desempregados, algo em torno de 150 mil homens, migrou para as cidades em busca de melhores condições de vida.
Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta, o imperador Julius César formulou a Política do Pão e Circo (Panis et Circenses) que oferecia alimentação e diversão para o povo. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios, onde eram distribuídos alimentos. Havia também distribuição mensal de pães no Pórtico de Minucius, que assegurava o pão de cada dia. Para os espetáculos eram reservados 182 dias no ano (para cada dia útil, um ou dois dias de feriado). Os Césares não deixavam a plebe romana bocejar nem de fome nem de aborrecimento. Desta forma, ela acabava esquecendo os problemas da vida, pois o auxílio público a dispensava de procurar trabalho, e era mantida afastada das questões sociais e das decisões governamentais. Quando o imperador entrava no circo, o público o aplaudia alegremente, apreciava ver seu imperador estar no seu meio. Para o imperador esse contato era importante, via sua aprovação aumentar.
A frase "Pão e circo para o povo!", cunhada um dia pelo imperador romano Vespasiano, mentor da construção do Coliseu, atravessa séculos, milênios e ainda é pratica em muitas comunidades. Em Ubiratã é diferente. O povo é liberto e alegre - lugar de gente feliz - e gosta de festa. Agora mesmo vivenciamos a maior delas, onde a família ubiratanense festejou a amizade e a vida. Até mesmo Deus todo poderoso nos presenteou com generosa chuva que regou nossas plantas, lavou a angústia e renovou a esperança de um povo de agricultores. Não, a festa dos ubiratanenses não é para dissimular e iludir. É para promoção do lazer como recompensa a quem trabalha duro para ajudar na construção de uma pátria mais justa e igualitária. Um Brasil melhor.
E o pão? O pão não nos é dado de graça, a não ser aos impossibilitados de trabalhar. Pratica-se, em Ubiratã, justiça na seguridade social. E para quem pode trabalhar? Estamos, o povo ubiratanense, cuidando de qualificar sua mão-de-obra e, através de inúmeras atividades, procurando gerar pontos de trabalho. Nenhuma atividade, porém, é tão promissora quanto o abatedouro de aves que está sendo construído. Quando estiver abatendo 80 mil frangos por dia gerará 1.000 empregos diretos e 3.200 empregos indiretos. Isso até junho de 2 010. Na segunda fase, prevista para fins de 2 011, quando abaterá 160 mil aves, passará a oferecer 1.800 vagas diretas e 5.400 indiretas. O projeto é ampliar o matadouro até o abate de meio milhão de frangos por dia. Quantos trabalhadores então serão necessários? Uma coisa é certa, porém, o projeto já não é mais sonho, é realidade. Hoje a BFC Alimentos S.A., ou a Big Frango Coagru, como é mais conhecida, com abate de 20 mil aves/dia, já está gerando 444 empregos diretos e indiretos.
Um povo que trabalha sério e firme tem direito e dinheiro para comer e se divertir a noite inteira, até o sapato rasgar. E quando o sapato rasgar? A gente tira ele, joga num canto, e continua a "festar" até o sol raiar ou Deus mandar parar.
* valdir d'alécio

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