Reduzir índice de larvas da dengue é necessario

“Uma vez instalada a epidemia da dengue, o controle é muito difícil”. Essa é a afirmação da secretária da Saúde, Cristiane Pantaleão. Preocupada com o índice de infestação do Aedes Aegypti em Ubiratã ela reforça o pedido de colaboração da população para evitar que o vírus venha afetar o município.
Inverso ao que se esperava o levantamento divulgado pela secretaria da Saúde mostra que o índice de infestação no município aumentou se comparado ao realizado em janeiro. O resultado de 2,7% significa que está acima do preconizado pelo Ministério da Saúde que é 1%. Desta forma Ubiratã corre o risco de enfrentar uma nova epidemia da doença se a população não se armar contra o problema.
Para o resultado geral a equipe de endemias realizou a coleta de dados por áreas. Os dados apresentados colocam os setores do Jardim São Paulo e Yolanda com a situação mais grave, 5,94% e 4,35%, respectivamente. A região do Estádio Municipal ficou com o terceiro índice mais elevado 3,18%. Na sequência vem o Centro I com 1,84%, Rodoviária 1,74% e Centro com 1,31%.
A coordenadora e agente da dengue, Verângela da Conceição Alves, salienta que os maiores índices são nas casas e estabelecimentos comerciais. “Dos lugares que vistoriamos o campeão com larvas são os vasos de plantas. As pessoas continuam mantendo atitudes que facilitam a reprodução do mosquito e dificultam o trabalho que realizamos”, pondera.
Cristiane comenta que as ações desenvolvidas pela secretaria são repassadas para a regional de Saúde todos os meses e os pareceres indicam que o município é quem apresenta o maior número de atividades de prevenção. “Isso comprova que estamos realmente mobilizados. No entanto, não adianta a secretaria se preocupar e a sociedade não cumprir com seu papel”, adverte.
Devido a epidemia de 2007 o quadro de quem já foi infectado se torna mais grave. Assim, a coordenadora acrescenta que aumentam as chances de acontecer a dengue hemorrágica. Verângela diz ainda que a função do agente da dengue é fiscalizar e alertar a população, a limpeza de casa, comércio e terrenos são de responsabilidade de seus proprietários.
A medida necessária para o controle é que todos os locais com água parada sejam eliminados. “Para as pessoas que não cumprem com suas obrigações multas são aplicadas e não existe negociação. O não pagamento pode gerar situações mais complicadas junto ao Ministério Público”, completa. (FOTO: CÁSSIO CENIZ / ASSESSORIA)