terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mobilização permanente, Ubiratã sem dengue

Com a proximidade do período de chuva as atenções se voltam à proliferação do Aedes aegypti, pois é a época mais propicia. Diante dos fatores que contribuem para o desencadeamento de uma epidemia, a secretaria de Saúde de Ubiratã solicita a colaboração da população para evitar que o mosquito se reproduza.
Em ofício emitido o secretário de Saúde, Edmund Behrend, enfatiza que é necessário todo o cuidado para evitar que um novo tipo de dengue venha ocorrer no município. “A dengue do tipo 2 não chegou ao Paraná, porém foi ela que desencadeou a epidemia no Rio de Janeiro. Esse tipo é motivo de muita preocupação, principalmente com crianças que são as mais suscetíveis a serem atingidas”, conta.
O médico do Posto de Saúde da Vila Esperança, Gustavo Gonçales, acrescenta que numa segunda infecção a gravidade sob o infectado é maior, sobretudo quando associada ao vírus tipo 2.
Apesar de o Paraná não estar entre os Estados considerados de “risco” pelo Ministério da Saúde, a enfermeira e chefe da divisão da Saúde, Cristiane Pantaleão, pondera que toda atenção é pouca. “Deve acontecer a mobilização permanente de todos os membros da sociedade, especialmente no período de verão. Contamos com o repasse de informações para obtermos êxito nesta luta constante contra um mosquito que tanto mal pode nos causar”.
Uma das formas de ajudar no combate à dengue é ligar para o Disque Dengue, através do telefone 3543-4141 e denunciar locais que tenham criadouros do mosquito. O intenso trabalho de conscientização, prevenção e vistoria realizado pela secretaria de Saúde não confirmou nenhum caso da doença este ano em Ubiratã.
Em setembro foi realizado o quarto levantamento de índice de infestação do ano. O resultado mostra que 1,34% do município ainda apresenta focos do mosquito. A secretaria de Saúde informa que um novo levantamento será realizado em novembro.
Os números são alarmantes: cerca de 3.500 dos 5.564 municípios brasileiros estão infestados pelo mosquito da dengue, o Aedes aegypti. Esses dados são apontados pelo Ministério da Saúde e significa que 63,9% das cidades são atingidas pelo vírus.
O caso mais preocupante e que temos como exemplo atualmente é do Rio de Janeiro. No começo do mês um levantamento apontou que o estado registrou 247.735 casos da doença. Somente neste ano foram confirmadas 174 mortes através do vírus e outros 150 óbitos estão sob investigação.
Segundo o ministério, um dos motivos que causa o descontrole são as condições ambientais favoráveis à proliferação do mosquito. A Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial da Saúde (OMS) destacam que no Brasil a epidemia de dengue representa um dos possíveis efeitos do aquecimento global. (FOTO: CÁSSIO CENIZ)

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