terça-feira, 31 de março de 2009

Avicultura fixa famílias em pequenas propriedades

A pequena propriedade rural fica cada vez mais inviável para quem trabalha com a agricultura tradicional. Mas quando o investimento é canalizado para a diversificação as chances de sobrevivência da família aumentam. E maior ainda é a chance quando os investimentos são na avicultura de corte. Prova disto é o que acontece com a família de Siegfrid Guilherme Lebach, que tem propriedade na região da comunidade Palmeirinhas. No sítio próximo à Br 369 a família investiu na construção de um aviário há cerca de quatro anos e a atividade mudou radicalmente a situação da família.
Ex-morador do município de Roncador, Siegfrid Guilherme está em terras ubiratanenses há cerca de 15 anos. Tentou a vida no exterior por um tempo, o mesmo acontecendo com um filho. Mas da agricultura tradicional a família passou a criar frangos dentro do programa desenvolvido pela COAGRU e que resultou no surgimento da empresa BFC Alimentos S/A. “Se fosse pra depender de soja e milho com certeza nem daria pra viver no sitio”, comentou o avicultor, considerando a área da propriedade.
No aviário de 105x12, construído com recursos próprios ainda nos primeiros tempos do programa de avicultura, são produzidos entre 17 mil a 18,5 mil aves por lote. E os resultados obtidos foram de tal forma significativos que o filho de Siegfrid, tendo retornado de estadia no exterior, está decidido a construir mais um aviário, nas proximidades, no tamanho de 105x15. Mas o entusiasmo não pára por aí, pois o avicultor já planeja edificar outro aviário para sua administração, nos próximos meses. “É um retorno que vem rápido”, diz o avicultor, considerando que a cada dois meses vê o fruto do seu trabalho no aviário, enquanto na lavoura tradicional a espera é maior e o resultado nem sempre é o esperado. “Às vezes nem vem, como aconteceu neste ano”, cita o avicultor, referindo-se à queda na produção registrada neste ano.
Na propriedade de cinco alqueires a família também cria vacas leiteiras, mas a força econômica está no aviário. A expectativa também é grande quanto à construção do abatedouro de aves da BFC, que vai permitir um grande impulso na economia da região. E com a experiência de quem está no ramo há cerca de quatro anos, Siegfrid sintetiza sua opinião sobre a avicultura de corte. “Compensa, com certeza”, garantiu.No registro, o avicultor Siegfrid Lebach e o técnico de campo Luiz Carlos Guimarães, que acompanha os trabalhos na propriedade. (FOTO: ODAIR ROBERTO / O VALE)

Nenhum comentário: