Saúde rastreia pacientes com tuberculose

A tuberculose é uma doença que se não tratada pode ocasionar morte e o que muitas pessoas não sabem é que as unidades de saúde realizam o tratamento de graça. Essa semana o país se mobiliza para combater e conscientizar a sociedade sobre a importância de cuidar da doença.
Em meio as ações propostas nesse período a equipe do Posto de Saúde do Boa Vista quer identificar os casos que existem na área de cobertura. Por isso começou uma busca ativa de pessoas que apresentam sintomas da tuberculose. O trabalho consiste em entrevistar os moradores da região, avaliar a realidade e conforme o resultado encaminhar ao atendimento médico.
Durante a consulta o paciente passa por um diagnóstico mais detalhado e dependendo da situação apresentada será solicitado que façam os exames de baciloscopia seriada e raio-x de tórax que confirmam a existência ou não da doença.
A iniciativa foi proposta pela médica do posto de saúde, Kátia Milani. Segundo informa, existem casos em que a pessoa tem a tuberculose e confunde com gripe ou outra patologia e não tratando coloca em risco a sua própria saúde e das pessoas que fazem parte do convívio diário.
A médica esclarece que quando o tratamento é iniciado o vírus deixa de ser transmitido e com um mês os sintomas desaparecem. “Se o uso dos medicamentos é interrompido antes dos seis meses indicados o paciente fica resistente à medicação. Assim, temos que mudar o prontuário para um remédio que seja mais forte”, expõe.
O objetivo do levantamento é identificar os casos mais precocemente para tratar antes que tome proporções maiores. O trabalho de campo e a coleta de dados são feitos pelos agentes comunitários da saúde. A expectativa é de que em aproximadamente três semanas todas as casas tenham sido visitadas e assim a equipe consiga um panorama geral da realidade da área.
Dados da secretaria da Saúde apontam que em Ubiratã existem atualmente dois casos. Um deles é importado – veio de outra cidade – e o outro é extra-pulmonar. Conforme explica a enfermeira da unidade, Alexandra Urnau, o último caso é raro e mais grave. “O vírus fica um tempo encubado no pulmão, não se manifesta e acaba migrando para outro órgão de modo mais forte. Para essa situação o tratamento ao invés de seis meses dura um ano”, comenta.
Kátia expõe que os principais sintomas da tuberculose são tosse que persiste por mais de 15 dias, febre mais freqüente ao entardecer, suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento e cansaço fácil. Portanto, alerta que apresentando algum dos sinais o indicado é que procure o posto de saúde mais próximo.As pessoas que contraem a doença têm acompanhamento especial e recebem os medicamentos gratuitamente. Os agentes comunitários de saúde, por exemplo, são responsáveis em fazer visitas frequentes para ver se o tratamento está sendo respeitado e também para orientar e esclarecer dúvidas dos pacientes. (FOTO: CÁSSIO CENIZ / ASSESSORIA)